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Gabriela Macari Ribeiro, 17 anos, acadêmica de Biotecnologia na UFGD, residente em Dourados.

domingo, 28 de outubro de 2012

Linguagem dos olhos



Não sei ao certo o que eu via, mas sei que não queria deixar de ver. Depois de tanto buscar os olhos de alguém, os dele me buscou, e eu? Eu me acomodei e gostei do que vi.
A cor mantinha o contraste com a pele clara e o brilho de sonhos e travessuras mantinha-se junto ao seu sorriso maroto. Sentia-o desviando o olhar quando desconfortável com a situação. Apesar disso, me buscava de novo e não escondia o desejo ao me olhar.
Observando-o alcancei tanta confusão e depois tanta certeza, tão frio e ao mesmo tempo tão doce. E sincero, mesmo quando em dúvida.
Notei tanto carinho e depois um poço de malicias. Ora bom e ora ruim. De um modo diferente os olhos me entregaram tudo o que ele queria me esconder.
Continuei a olhar. O tempo passava lentamente e o que e como eu o via, ninguém um dia conseguirá ver. O misto de desejos, sonhos, planos, arrependimentos e mesmo em meio as confusões me trazia paz e segurança, certeza que haveria ali um ponto de conforto, que com tom acolhedor me aconchegaria.
Durante todo o tempo em que estive o fitando, desejei que aqueles olhos e aquele brilho fossem meus. Me perdia na imensidão de coisas que eu conhecia naquele instante e já nem me lembrava mais do que eu pensava já conhecer.
O que os lábios diziam já não me importava. A linguagem dos olhos me dizia tudo o que havia de ser dito. Ao certo, o olhar e a troca contínua de olhares me manteve presa por um tempo incompreendido por mim. E mesmo sem nada de diferente na aparência de seus olhos, ao conhecê-los ao fundo sei que encontrei o que jamais encontrarei em qualquer outro olhar. Apesar de não ser meu, sei que poderei observá-lo e guardar algo novo toda vez que o fizer.
Agora sei que o que os olhos dizem e mostram, dentro de sua linguagem unica, boca alguma pode um dia dizer.

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