Sair sorrindo por ai, brincando. Ficar horas em pé conversando, com aquela velha história "passei aqui rapidinho, pra te dar um oi". Andar e brincar de coisas mais idiotas, as conversas mais bobas. Falar sobre coisas absurdas, assuntos de amigos e sentimento de conforto. Era como sentir segurança. Ele era complicado e não se entendia, mas eu o entendia. Ele era o cara mais bobo, mas eu achava graça em tudo nele, até no jeito que ele falava. Eu ria daquele sotaquezinho. Ele tinha o sorriso mais lindo e o jeito mais largado possível. Ele me contagiava e seu humor era incrível. Com as mais simples expressões me impressionava. A gente lia nas entrelinhas. A gente se divertia junto, vivia, de verdade. Contava segredos um pro outro, ria dos nossos medos e por um instante, eu arriscava. Arriscava toda minha confiança. Falei da minha vida e ele falou da dele também. Falamos sobre músicas. E nunca deixamos nada virar rotina. Ele era perfeito pra caralho. A gente se consolava. Seja qual fosse o problema, pareciam tão pequenos quando estávamos juntos. A gente se odiava e descobríamos nossas pequenas diferenças e nossas grandes semelhanças. Tantas coisas em comum. Me conheceu como ninguém mais. Ele era doce e amargo, fazia bem e depois fazia mal. Ele era impressionante. Falava que me ama, e depois dizia que não se preocupava com ninguém, só com ele mesmo, e fala que não, mas eu sei, que ele se magoa com medo de magoar os outros. Eu amava tudo nele e odiava tudo nele. Principalmente quando ele mentia e fingia. E odiava o fato de que ele poderia acabar comigo e me deixar cair. Eu dei minha mão a ele, ele a segurou firme, nos seguramos. Fomos companheiros, amigos, amantes. Sabe aquela história de que ele foi feito pra mim? Mais ou menos isso, eu acreditava. Ele sorria quando estava comigo, eu sei que por minimo que fosse, ele estaria feliz pelo menos um segundo comigo. Eu o ajudei, ele me ajudou. Não esperávamos nada um do outro. A gente se conhecia, se estranhava, se amava. Discutia, brigava, falava besteiras e se odiava. A gente amou se conhecer e nos tornamos inesquecíveis um para o outro. Por mais que agora ele esteja longe de mim e espero que feliz por isso, eu ainda sinto falta dele. E sinto muita. Mas as lembranças que guardo, são tão boas e me fazem tão bem, que faz com que ele esteja todos os dias presente em minha vida. E isso me deixa feliz, porque tenho ele comigo e não tenho nada de ruim dentro de mim. Só a melhor parte da história, só o melhor que restou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário