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Gabriela Macari Ribeiro, 17 anos, acadêmica de Biotecnologia na UFGD, residente em Dourados.

domingo, 10 de março de 2013

migalhas




Eles dizem que eu sou a usada
Mas não sabem da metade
Do quanto que sou abusada
Sem precisar de tanta maldade

Eles falam da minha vida
Como se eu fosse boba
Pensam que sou a vítima
Não sabem o quanto eu sou pilantra

Te levo para onde eu quiser
Isso me deixa mais mulher
Me sinto auto suficiente
Por andar sozinha e consciente

Te deixo escapar
Depois vou te procurar
Te ligo a qualquer hora
Seu desespero é tanto
Que me espera la fora

Tem medo de eu não ir?
Porque as vezes não te quero
E mesmo que como você eu esteja aqui
A nossa diferença, é que não te espero

Mas eu gosto do seu tipo
Gosto de gente assim
Que tá sempre disponível para mim

Que deixa eu usar, brincar
Que deixa eu abusar e depois ir
Não me prende, nem me solta
E tá sempre por aqui

Gosto de ser livre, menino
Você sempre soube disso
Sabe também que só fiz questão de você
Enquanto você queria estar comigo

De prioridade, virou opção
E eu tenho todos que eu quiser
Nenhum deles tem meu coração 
Nem meu lado mais mulher

Mas eu sei que posso deixar claro
Sem muitos cortes, nem enrolação
Nunca te quis como meu namorado
Nem te tive como paixão 

E se um dia não estiver me esperando
Eu nem vou ligar
Não sou de ficar implorando
Por migalhas que vento qualquer pode levar

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