Talvez o maior erro das pessoas esteja em querer receber tudo aquilo que ela dá. Aquela coisa de esperar do outro tudo aquilo que você faria por ele. Eu odeio quando me decepcionam. Odeio mentiras. E odeio o fato de pensar nas pessoas, mais do que em mim mesma. É, talvez seja um pouco de egoísmo. Mas hoje ninguém se importa com ninguém. De tanto eu me doar, de tanto eu me doer, eu aprendi que talvez realmente valha a pena pensar um pouco em si mesmo. Tenho pedido a Deus todas as noites para que ele proteja meu coração e arranque essa dor. Eu choro mesmo, escondido, eu enxugo logo minhas lágrimas, não quero que ninguém as veja. Sabe quando tem um vazio e você sabe que vai ser difícil de ser preenchido? Decepção. Isso mesmo. Estou completamente chateada e decepcionada. Com todos, comigo. É difícil quando não se confia em mais ninguém. E mesmo sabendo que isso é momento, eu torço dia e noite para que acabe logo. Todo dia uma nova queda, todo dia uma nova destruição. To cansada de ajoelhar e ter que ajuntar os caquinhos de mim. To cansada de esperar, esperar, e nada acontecer. É muita decepção pra pouca surpresa. É muita lágrima, pra pouco sorriso. É muito disfarce. Sabe aquele buraco no coração? Aquele pensamento que não sai da sua cabeça? E aquele frio na barriga constante? Então, não é amor. É decepção. E essa danada tá doendo demais em mim. E como tá doendo. Acho que só aguento, porque sei que fardo nenhum vai ser dado pra mim, sem que Deus saiba que eu sou capaz de carregar. Pode parecer complicado, mas no fundo eu sei, que não é força, é jeito. Minhas decepções estão se tornando tão normais, que se eu me lamentar tanto em cada uma delas como agora, não há como aguentar. Não há no mundo quem aguente. Chega de me decepcionar? Não. O melhor remédio para qualquer dor, é a prevenção. Então, chega de esperar demais, sonhar demais, acreditar demais. Chega.
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