Desajeitada, grossa, destrambelhada, egoísta, seca, ignorante, besta, sem graça, sem vergonha. Mas eu me amo. E como me amo. Amo o jeito que eu sou desajeitada com as coisas, isso as vezes me atrapalha, mas não tanto. Quando sou grossa, ignorante, seca e orgulhosa, me impede de me humilhar. É cara, acho que esses meninos querem me ver chorando por eles. Coitados. Passou essa fase já. Passou tão rápido. Que se sentir dor era aquilo, rapaiz, isso tá fraco mesmo. Amo quando sou sem graça, porque assim, ninguém espera demais de mim. Propaganda enganosa não é legal mesmo. Eu não me importo nem um pouco em ser inconveniente. Se me der vontade, eu falo na lata mesmo. E se eu não gosto de alguém, não faço questão de agradar, não faço mesmo. Pelo contrário, deixo bem explícito o que eu acho. Pra falar a verdade, as vezes eu penso que o bom de não estar no coração de ninguém, te impede de magoar outras pessoas. E de se magoar, consequentemente. Pode não parecer, mas eu brinco até demais, brinco até com coisa séria. É, eu sei, parece mesmo que eu brinco! Eu levo um pouco de cada pessoa comigo. E procuro levar a melhor parte. A ruim eu deixo pra lá! Há quem me conheça muito bem. Sou sensível e choro por causa de filmes, por causa de pobreza, por causa de tanta coisa. Que ninguém faz ideia. Mas sabe, eu prefiro falar mesmo, é dos meus defeitos. Elogiar é muito relativo. Cria expectativas demais. Decepciona demais. Eu prefiro que conheçam os meus defeitos, e gostem de mim mesmo assim. Porque como qualquer outro, além dos milhares de defeitos eu tenho bilhões de qualidades. Depende mesmo, do que cada olho vê, do que cada boca por aí fala e de que cada ouvido escuta. E o principal, depende muito mais, do que sua cabeça vai pensar. E se eu for tentar agradar todo mundo, se eu for sofrer e chorar por todo mundo, meu bem... Tadinha de mim. Porque eu sou assim, pra cada situação, um olhar diferente. Visto minhas máscaras, uso meus sorrisos disfarces e escondo minhas lágrimas em algum lugar, que não sei onde. Eu acordo todo dia, com um sorriso no rosto, imaginando o que as situações vão exigir. Tantas e tantas coisas sobre mim, tantas e tantas diferenças aqui dentro. Prefiro mil vezes ser assim... Orgulhosa, ignorante, grossa, egoísta, seca... Mil vezes ser assim, do que sair por aí quebrando minha cara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário