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Gabriela Macari Ribeiro, 17 anos, acadêmica de Biotecnologia na UFGD, residente em Dourados.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

QUE VENHA O MÊS DE JUNHO


Que venha junho com seu charme. Que venha... Com muita polêmica, muita dúvida, muitos problemas e milhares de soluções. Que venha junho, com suas noites frias e seus amores, quentes. Que venha junho, cheio de glamour com aqueles dias de sol fraquinho. Que venha junho, com o fim das aulas. Que venha junho com a certeza de que só falta mais meio ano pros gritos de feliz ano novo. Que venha junho com novas expectativas, novas vontades e novas pessoas. Que venha, com muita reunião, com muita festa e muito sucesso. Que venha junho cheio de glórias, cheio de paz e de beleza. Que venha junho pra secar as lágrimas que o mês de maio fez cair e calar as bocas que não se fecharam, desde o início do ano. Que venha o mês de junho, cheio de amigos e de sabedoria, cheio de encantos e de beijos, cheio de gente nova e que fiquem os antigos, porque estes um dia foram os novos. Que venha junho com todo seu mistério, com os nascimentos e renascimentos. Que venha o mês de junho com todas as verdades, com todas as certezas e incertezas que na verdade, nem existem. Que venha o mês de junho cheio de inspiração, cheio de positividade, cheio de sonhos realizados. E que só venha o mês de junho, com tudo que teve em maio e muito mais. Só pra termos a certeza de que é mais um mês que temos pra fazer valer a pena. Só pra termos a certeza que o tempo voa e que não dá pra ficar parado. Que venha o mês de junho, cheio de vida que a gente tem que continuar, cheio de esperança e de consciência de que esse, é o verdadeiro meio do ano e que não importa qual seja o seu problema ou o tamanho dele, você tem a solução. Sendo junho, ou não...

Não vou negar.



Não vou negar que você sempre vai me encantar mais, me atrair mais, me deixar mais louca e até mais irracional. Não vou negar que seu sorriso me trás péssimas lembranças ou talvez, elas sejam as melhores do mundo. Só não quero que me esqueça... Não vou negar que gosto do seu jeito, que não te culpo e que talvez eu seja considerada uma palhaça por isso... Eu não vou negar que seus olhos são os mais lindos e que sua boca é a mais perfeita. Eu a beijei. Não vou negar as noites que fiquei esperando você me ligar, nem das vezes que esperei seu pedido de desculpa. Não vou negar que espero você vir falar comigo, ainda, depois de tudo, ou melhor, depois de nada, já esqueci. E realmente, não vou negar que ainda te gosto, te quero e talvez, seja passageiro. Não vou negar que amo sonhar com você e amo a vontade de te ligar e te beijar. Que invado suas redes sociais e me sinto no direito disso, porque você invade meus pensamentos e eu nem digo nada... Não vou negar que você ora me causa sorrisos, ora me causa tormentos, mesmo assim, sem pensar, sem perceber e sem saber. Não vou negar que amo o jeito que você anda e fala, já te disse isso. Assim como também disse que odeio e amo o seu orgulho ao mesmo tempo, primeiro porque você não vem atrás de mim, segundo porque assim é melhor. Não vou negar que todas as noites penso em ti e mesmo que isso me faça sentir falta, me dá forças, me alegra. Saiba que se realmente você não tinha o intuito de me machucar, você conseguiu o que queria. Não vou negar que ainda queria estar contigo, diante de todos os obstáculos, mas também não queria, o antes me agrada mas o agora me atrai muito mais, eu o adoro. Mesmo eu te amando, com todas as forças, com todas as circunstâncias eu não te amo ao mesmo tempo e isso me torna capaz de controlar qualquer, ou melhor, toda reação que possa partir de mim com relação à você. Não me espere mais, não me diga o que você quer. Só fique assim, como está. Porque eu não vou negar, eu te amo mais quando você está longe, quando não tem jeito de você me machucar.

sábado, 26 de maio de 2012

FODA-SE


Foda-se. "Acalma e alivia a alma". Foi isso que eu ouvi e hoje percebi, realmente é verdade. Sabe aquele menino insuportável que finge se importar com você, mas que do nada muda? Então, ele apareceu na minha vida. Até tava me importando, mas me cansei. Cansei de mudanças em cerca de minutos e daquelas juras idiotas. Ridículo, escroto, horroroso, sem noção e chame do que quiser, desde que seja muito ruim. Ele me cansou tanto, que eu tive que gritar. Foi com prazer, sensações maravilhosas, bem melhor do que qualquer outra sensação. Qualquer outra mesmo. Me senti no poder e aliviada. Parei de me importar, mesmo que aquilo irritasse os outros. Queria deixá-los irritados, igual eu estava, a uns três segundos, antes de falar a palavra mágica, que vocês já conhecem. Já não estava nem aí, nem com vontade de ligar, de falar, de correr atrás, de fingir, ao menos, que eu me importava. Porque eu não sou muito boa, quando se trata de fingir e nem sou muito legal, quando se trata de pessoas e de sentimentos. Pra falar a verdade, eu desejei tanto mal pra ele naquele momento. Foi uma mistura de querer desejar coisas ruins e não querer desejar nada, então, desejei nada. Só disse foda-se. Isso já era suficiente, ou até demais para aquele indivíduo insignificante. Só sei que eu não queria mais saber dele, não queria mais saber dos sonhos dele, nem dos desejos e muito menos da vontade que ele dizia sentir de me ter por perto. Eu já nem acreditava em nada do que ele me falou e ao invés de jogar todos aqueles sentimentos fora com lágrimas, joguei-os com risos. Sequências loucas de risadas fora do comum, alguns chamariam de 'crise de risos', enquanto eu... eu não sei o que se chama. Crise de risos é muito pouco, para o tanto que eu ria naquele momento. Que sensação maravilhosa. Há quem diga que eu parecia estar drogada ou então bêbada, bem longe do meu estado normal. Mal sabiam eles que minha droga, tinha sido aquela palavra maravilhosa e aquele texto que ele me disse, que eu só queria ouvir a ultima palavra "acabou". Eu estava ali, rindo loucamente, porque ao contrário do que se esperava, só se ouvia uma palavra de mim, foda-se. "Foda-se com amor", como diria a Amanda. Acho que isso era suficiente pra ele, ou pra qualquer outra pessoa que achasse ruim o que eu estava fazendo. Palavra mágica que cabe muito bem em qualquer situação. Desde os idiotas que se acham os donos da verdade até os babacas que se fazem de vítima pra cima de mim. Cairia muito bem... Ah, deixa quieto. Nem tem mais o que desejar. Só desejo que se foda. Com amor, sem amor, do modo que quiser. Desde que esteja longe de mim.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

MAIS UMA NOITE


Não sabia que aquela noite seria tão difícil. Passaram-se três meses desde a última vez que derramei uma lágrima por alguém. :Só queria jurar que aquela noite, seria igual as outras noventa noites a qual eu não chorei por você. E foi assim. Não chorei por você, mas de saudade. Lembrei de todos aqueles momentos bons, momentos ruins, declarações e palavras. As vezes que você me fez chorar, as vezes que você me fez sorrir. Só queria jurar que aquele aperto no peito passaria e minhas lágrimas parariam de escorrer. Era tanta saudade sua. Peguei meu celular, disquei seu número que até hoje eu não esqueci. Olhei para dentro de mim, por cinco minutos. Lembrei de duas coisas que você me disse "Prometo que vou estar do seu lado sempre" "Quando você precisar de algo, pensa em mim, que eu vou saber". Mais lágrimas escorriam pelo meu rosto e parecia que todas aquelas músicas que me lembravam você começaram a tocar. Pensei tanto em ti. Cheguei a desejar que você pensasse em mim também, naquele mesmo momento. Que você tivesse a mesma vontade que eu, de ligar, de conversar, de dizer que tá tudo bem e que tudo iria ficar melhor ainda. Queria que você sentisse a mesma vontade que eu, de estar perto, junto. Eu e você. Você e eu. Do jeito que teria de ser. Só queria te ligar e te pedir desculpa, pelas vezes que eu lhe decepcionei. Pedir desculpa, pelas noites que eu fiquei enrolando você no telefone e não te deixava ir dormir. Porque eu queria que você estivesse comigo, do jeito que você disse. Do meu lado, pra sempre. Eu jurei que aquela noite seria como as outras, mas não foi. Depois de tanto tempo, eu voltei a pensar em você. Depois de tanto tempo, eu voltei a querer ser sua. Depois de tanto tempo, eu queria que você fosse meu. Eu disquei seu número. Pensei em ligar, mas quando fui apertar o botão 'chamar', alguma coisa dentro de mim disse que não. Talvez fosse meu orgulho, meu egoismo, meu medo, ou qualquer outra coisa. Poderia ter ligado. Mas ao invés disto, coloquei aquela música que você adora, sequei minhas lágrimas, olhei para o lado e dormi. Fiz daquela, apenas mais uma noite, que seria eu, sem você. Diferente do que eu queria, é assim que tem que ser.

domingo, 20 de maio de 2012

FOI SÓ SAUDADE QUE BATEU


Foi só saudade que bateu. Das coisas que eu fiz, que eu vivi e que não voltam mais. Talvez seja tarde demais, pros meus desejos bobos de voltar no tempo e fazer tudo de novo, exatamente igual. Porque eu era tão cheia, tão repleta e tão, tão não sei explicar. Eu só era e isso por incrível que pareça, foi suficiente para me marcar, para eu me destacar sem esforços. E agora não. Agora é só agora. Cheio de esforços, lutas, trabalhos, estudos, páginas de livros, artigos, relatórios. E a falta que me fazem aquelas tardes de aflição no ginásio ou aqueles treinos das cinco e meia. A falta que me faz, gritar gol, xingar, brigar e sair de lá, rindo. As vitórias, as derrotas e as coca-colas. Que falta me faz. Falta que só eu sei... Daqueles amigos, daqueles romances, daquelas babaquices. E tudo isso, ali atrás. Bem pertinho, mas pra trás. No caminho que já não tem volta, mas que deixa saudade. Foi só saudade que bateu, que fez uma lágrima escorregar pelo meu rosto e secar, após cair ao chão. Foi só saudade que bateu... Só saudade, que vem junto com as lembranças boas que ocupam um lugar quentinho dentro do meu coração. Dos esforços, dos méritos, dos planos, das decepções, dos professores, dos estresses. Não que o agora seja ruim, mas é que o antes me desperta tanta saudade. Me desperta saudade, porque foi bom. Quanto a isso, eu não tenho o que reclamar. Talvez quando eu estive lá, eu não tenha dado tanto valor ao o agora que eu vivia, talvez tenha reclamado demais da rotina maldita e do frio que se passava dentro de mim. Pois é. Em questão de meses, o meu agora, virou antes. O meu hoje, virou ontem. E eu to no amanhã. Em questão de meses, eu segui um rumo diferente daqueles amigos e encontrei outros. Quão difícil é aceitar que a diferente foi eu, só eu sei. Alguns acham que isso é pouco caso e sinceramente? Pode até ser. Mas pra mim não. É muito caso, é demais. É pesado. Aceitar essa rotina nova, cheia de obstáculos e novos ritmos. Cheia de responsabilidades e coisas pra resolver. Coisas que talvez, apareceram cedo demais. Foi só saudade que bateu, bateu e bateu. Saudade que espancou meu peito e que já explodia em meu coração. Por isso então, começaram a escorrer pelo meus olhos. A saudade mais bonita, que uma foto, me despertou. 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

PALAVRAS QUE MACHUCAM


Pensei que já tinha conhecido de tudo. Provado de todos os sabores e por isso não queria mais saber de nada, de ninguém. Sabia que por algum motivo, eu preferia ficar sozinha e a minha ideia ruim quanto a relacionamentos fazia cada vez mais sentido. Quando se tratava das pessoas, eu fugia do assunto, porque já estava cansada de falar sobre sujeira e falta de amor. Não há compaixão, não há ajuda, não há nada. Completamente incapazes de saber alguma coisa sobre isso. E eu também, queria ser incapaz e não queria conhecer algo sobre os demais, porque assim estaria me conhecendo e me sentir suja demais, vazia demais e perdida demais, não fazia parte dos meus planos. Mas é, nem tudo é como se espera, nem tudo é como se quer. Mesmo sem querer, eu conheci as pessoas e por isso, não queria aceitar ser igual. Não cometeria todos aqueles erros e nem falaria todas aquelas palavras sujas que machucam, cortam feito uma faca. Não falaria nada daquele tipo que pudesse machucar outra pessoa, mas não. Eu era assim. E ainda pior. Não pensava na força que tinha uma palavra, nem o quão esta, era muito pior do que qualquer tapa. Desculpa, por eu ser igual, por eu merecer mesmo ser assim. Desculpa por... nada. Ou por tudo. Não conhecia o poder do que eu falava, não conhecia a força e nem me importava com isso mesmo. Mas palavras machucam, derrubam, desacreditam e mudam, tudo. Deixa-nos noites sem dormir, não dá nem vontade de sonhar, de pensar, de lembrar. Elas doem, remoem e repassam por seu pensamento várias vezes e não há remédio que cure. Eu pensaria nelas o dia todo. Desculpa Gabi, por ter te decepcionado imensamente outra vez e por ter deixado você assim. Tão com medo de ser igual demais. Mas você é. E por me machucar com minhas próprias palavras e saber que estas, também machucavam os outros, eu não queria mais falar, não queria mais escrever e não queria mais... machucar. Nem com tapas e muito menos, com minhas palavras, vazias e sem nexo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

MEUS CAMINHOS


Não vou esquecer dos rostos que passaram por mim. Dos olhos mais tristes e nem dos mais felizes. Dos corações mais quentes e dos mais frios. Eu não vou esquecer os peitos que me abrigaram e as mãos que me levantaram. As casas que me acolheram, as palavras que me confortaram. Assim como também, não esquecerei as mãos que me empurraram, as palavras que me machucaram e os sentimentos que me quebraram. Não vou esquecer da verdade inexistente e nem da mentira traiçoeira. Dos  galhos pontiagudos que me arranharam e nem das pedras que estavam no meu caminho e me fizeram tropeçar. Eu não vou esquecer dos sorrisos vazios e nem dos demônios fantasiados de anjos. Nem daquelas tardes calorentas e das noites frias. Vou lembrar dos que se importaram e dos que fingiram se importar. Vou guardar os que me quiseram e os que não me quiseram. Os que apenas me dispensaram e me deixaram, na noite, com frio. Não vou esquecer aqueles que se sacrificaram por mim e nem aqueles ingratos por quem eu me sacrifiquei. Vou lembrar dos choros e dos risos, dos abraços e dos tapas, dos beijos e das lágrimas. Não vou deixar nada escapar da minha memória. Eu vou cuidar das minhas lembranças e abrigá-las no meu peito. Em um lugar bem quentinho. Não vou esquecer dos rostinhos bonitos que não me ganharam. Não vou esquecer daqueles olhos brilhando ao me ver chegar e nem das batidas aceleradas do meu coração, que batia no mesmo ritmo dele, fazendo com que eu perdesse a fala. Não vou esquecer das promessas que não foram cumpridas e nem das apostas que fiz. Vou lembrar de todas as noites que eu chorei me questionando. Das horas que eu perdi, esperando uma ligação ou então uma visita. Das vezes que me decepcionei, eu vou lembrar. Vou lembrar de cada um que passou por mim, de cada pessoa que esteve no meu caminho. Vou lembrar de tudo. Mas deixarei pra trás e seguirei em frente. Seguirei sozinha ou acompanhada. Por mais que doa, eu vou continuar indo. E se quiser ir comigo, tudo bem. Quando eu chegar lá, no final, eu vou olhar pra trás e então lembrarei de tudo nos mínimos detalhes. E então, estarei pronta para os outros caminhos que devo seguir, tendo do passado uma lição pro meu futuro. Mas são meus caminhos e não vou abrir mão deles, pra seguir os de outro alguém. Mas eu juro, que não esquecerei ninguém por quem eu esbarrei, ninguém mesmo. Seja bom ou seja ruim. Faz parte dos meus caminhos e logo, parte de mim.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

TEXTOS INCOMPLETOS


Foram vários textos pela metade. Muitas folhas jogadas no lixo e muitos pensamentos passageiros, em branco. Eu não sabia do que falar. Queria sentir algo e ao mesmo tempo, eu queria continuar do mesmo jeito, intacta e protegida, atrás da parede de concreto que eu construí. Talvez eu estivesse cansada demais ou então indisposta demais para me expor através das minhas palavras. Ou então, era apenas medo, das pessoas me conhecerem, muito mais do que já conheciam. Pra ser sincera, eu não queria na verdade, mostrar meu ponto fraco. Não por insegurança ou então por acreditar que poderiam usar isso contra mim. Mas por não querer que as pessoas conhecessem algo meu, que nem eu conheço. Não queria enganar ninguém com minhas palavras sem nexo ou então, me contradizer, escrevendo aquilo que eu não sinto. Pode ser, que eu estivesse querendo sumir um pouco. Dos outros. Queria ser outra pessoa, ou então demonstrar minha mudança. E eu não sabia como. Mas eu não queria falar daquelas coisas bobinhas, ou então da minha vontade de se vingar. Eu não queria me tornar um monstro, mas também não queria ser boazinha demais. Não queria que me conhecessem pelo o que eu falo. Não queria nada e continuo sem querer. Continuo sem motivo algum, pra pegar um papel e escrever. Continuo com vontade de me expressar, mesmo sem ter como. Eu queria poder sentir tudo de novo e falar de algo que fosse bom. Mas como falar de algo bom, sem sentir algo bom? Quando na verdade, o céu e o inferno nem são tão diferentes assim. Onde o certo e o errado, não é verdadeiro e nem a verdade existe. Onde eu tenho dúvidas sobre tudo e falar o que? Falar sem ter certeza? E ser como todos os outros. Falar, sem acreditar no que diz. E sem querer, se perder nas suas palavras. Lembrar para os outros, o quão ruins eles são, por se acharem bons demais. Eu já estava cansada das histórias, da rotina, dos problemas. Só cansada. E não queria demonstrar. Foi sem escrever e eu estava entalada. Com as lágrimas nos olhos prontas pra escorrer, com as palavras presas na garganta, eu estava pronta pra gritar. Tudo, por causa de sentimentos, vazios. E junto deles, textos... incompletos. 

NEUTRA



Ele disse que ser fria com algumas coisas, me machucaria. Mas eu não me importei e nem estou me importando. Talvez ele tenha acreditado que me doeria ver os outros se machucando e tropeçando nos próprios passos. Ou então, acreditou que eu sentiria saudade e falta das pessoas que saíram da minha vida. E por incrível que pareça, ele se enganou. Todas as noites, antes de dormir, agradeço imensamente a Deus por ter tirado aqueles demônios da minha vida e todos os sentimentos do meu coração. Tirou tanto, que eu nem sei mais o que eu sinto. Me deixou renovada, que nem um texto, ao menos, eu consigo terminar. Ele me deixou diferente. E pra ser sincera, eu não sinto saudade de mim. Não sinto falta dos meus sentimentos. Só sinto falta de ter o que expressar. De ter o que demonstrar. E ser vazia nos gestos, nas palavras, nos sentimentos, machuca. Ai então, eu entendi. O porque me machucaria tanto a minha frieza. O porque me fechar pra algumas coisas e ser completamente aberta para outras, me doeria tanto. E me decifrar, tem sido fácil, ou talvez, nem tão fácil assim. Ele me disse que as coisas mudariam. Me disse. Eu não ouvi. Porque de alguma forma, essa mudança me agradaria. De alguma forma, isso seria bom para mim. Independente do quão ruim fosse, um lado, iria com certeza ser bom.  Algumas coisas perderam a graça para mim. Algumas outras coisas, não importam mais, como me importaram um dia. E falar de mim, é tão mais complicado. É tão mais incompleto. Mas eu conheci o como é bom e muito melhor, se sentir atraída do que encantada. Os tão mais novos sentimentos e o quão é mágico se sentir desejada. O  como é importante dar mais valor pro 'eu' do que pro 'eles'. E principalmente: não deixar de amar algumas pessoas, mas também não se importar por não amar todo mundo. Só é estranho ser neutra. Não demonstrar, não falar, não se expressar. É estranho. Mas é bom, ser indecifrável. Ser mistério, segredo e vontade. Ser neutra. Sem cor, sem sentimento, sem exageros, mas cheia de graça.