Foi só saudade que bateu. Das coisas que eu fiz, que eu vivi e que não voltam mais. Talvez seja tarde demais, pros meus desejos bobos de voltar no tempo e fazer tudo de novo, exatamente igual. Porque eu era tão cheia, tão repleta e tão, tão não sei explicar. Eu só era e isso por incrível que pareça, foi suficiente para me marcar, para eu me destacar sem esforços. E agora não. Agora é só agora. Cheio de esforços, lutas, trabalhos, estudos, páginas de livros, artigos, relatórios. E a falta que me fazem aquelas tardes de aflição no ginásio ou aqueles treinos das cinco e meia. A falta que me faz, gritar gol, xingar, brigar e sair de lá, rindo. As vitórias, as derrotas e as coca-colas. Que falta me faz. Falta que só eu sei... Daqueles amigos, daqueles romances, daquelas babaquices. E tudo isso, ali atrás. Bem pertinho, mas pra trás. No caminho que já não tem volta, mas que deixa saudade. Foi só saudade que bateu, que fez uma lágrima escorregar pelo meu rosto e secar, após cair ao chão. Foi só saudade que bateu... Só saudade, que vem junto com as lembranças boas que ocupam um lugar quentinho dentro do meu coração. Dos esforços, dos méritos, dos planos, das decepções, dos professores, dos estresses. Não que o agora seja ruim, mas é que o antes me desperta tanta saudade. Me desperta saudade, porque foi bom. Quanto a isso, eu não tenho o que reclamar. Talvez quando eu estive lá, eu não tenha dado tanto valor ao o agora que eu vivia, talvez tenha reclamado demais da rotina maldita e do frio que se passava dentro de mim. Pois é. Em questão de meses, o meu agora, virou antes. O meu hoje, virou ontem. E eu to no amanhã. Em questão de meses, eu segui um rumo diferente daqueles amigos e encontrei outros. Quão difícil é aceitar que a diferente foi eu, só eu sei. Alguns acham que isso é pouco caso e sinceramente? Pode até ser. Mas pra mim não. É muito caso, é demais. É pesado. Aceitar essa rotina nova, cheia de obstáculos e novos ritmos. Cheia de responsabilidades e coisas pra resolver. Coisas que talvez, apareceram cedo demais. Foi só saudade que bateu, bateu e bateu. Saudade que espancou meu peito e que já explodia em meu coração. Por isso então, começaram a escorrer pelo meus olhos. A saudade mais bonita, que uma foto, me despertou.
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