Ele disse que ser fria com algumas coisas, me machucaria. Mas eu não me importei e nem estou me importando. Talvez ele tenha acreditado que me doeria ver os outros se machucando e tropeçando nos próprios passos. Ou então, acreditou que eu sentiria saudade e falta das pessoas que saíram da minha vida. E por incrível que pareça, ele se enganou. Todas as noites, antes de dormir, agradeço imensamente a Deus por ter tirado aqueles demônios da minha vida e todos os sentimentos do meu coração. Tirou tanto, que eu nem sei mais o que eu sinto. Me deixou renovada, que nem um texto, ao menos, eu consigo terminar. Ele me deixou diferente. E pra ser sincera, eu não sinto saudade de mim. Não sinto falta dos meus sentimentos. Só sinto falta de ter o que expressar. De ter o que demonstrar. E ser vazia nos gestos, nas palavras, nos sentimentos, machuca. Ai então, eu entendi. O porque me machucaria tanto a minha frieza. O porque me fechar pra algumas coisas e ser completamente aberta para outras, me doeria tanto. E me decifrar, tem sido fácil, ou talvez, nem tão fácil assim. Ele me disse que as coisas mudariam. Me disse. Eu não ouvi. Porque de alguma forma, essa mudança me agradaria. De alguma forma, isso seria bom para mim. Independente do quão ruim fosse, um lado, iria com certeza ser bom. Algumas coisas perderam a graça para mim. Algumas outras coisas, não importam mais, como me importaram um dia. E falar de mim, é tão mais complicado. É tão mais incompleto. Mas eu conheci o como é bom e muito melhor, se sentir atraída do que encantada. Os tão mais novos sentimentos e o quão é mágico se sentir desejada. O como é importante dar mais valor pro 'eu' do que pro 'eles'. E principalmente: não deixar de amar algumas pessoas, mas também não se importar por não amar todo mundo. Só é estranho ser neutra. Não demonstrar, não falar, não se expressar. É estranho. Mas é bom, ser indecifrável. Ser mistério, segredo e vontade. Ser neutra. Sem cor, sem sentimento, sem exageros, mas cheia de graça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário