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Gabriela Macari Ribeiro, 17 anos, acadêmica de Biotecnologia na UFGD, residente em Dourados.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Máscaras


Eu deveria ligar. Eu deveria me importar. Não ligo, mas me importo. Essa, vai ser mais uma noite, daquelas que eu vou me deitar com um nome preso na minha garganta. Só um nome. Vou dormir pensando em como mudar tudo, o que eu sinto, o que eu penso, pensando em mil maneiras de trazê-lo pra perto de mim. Estou me perguntando por que as coisas chegaram a esse ponto. E o como eu deixei tudo isso estar acontecendo. Sempre achei que dominava o que eu sentia. E domino. Ou não. É, eu não sei. Logo, sei que amanhã vai ser mais um dia, cheio de novas máscaras e sorrisos falsos, querendo disfarçar sempre a mesma coisa, sempre pelo mesmo maldito motivo. Ir pra longe, seria fugir de tudo. Acredito que não. Talvez sim. Mas eu vou. Vou pro meu bem, vai ser bom pra mim. Eu sei, eu sei. Não aguento mais ter que ver tudo isso de longe, querer mudar tudo e não conseguir mudar nada. Vai, sua boba, se afasta. Estou tentando, eu sei. Vou conseguir, mas leva tempo. Tempo, tempo e agora mais essa de tempo. E depois de amanhã? As mesmas pessoas, sorrisos falso, máscaras novas e cada vez mais descaradas em falsidade. Será que vai ter um dia que ninguém vai usar essas malditas máscaras? Que vamos deixar nossos sentimentos a mostra? Claro que não. Ninguém pode expor o que sente, seria expor seu ponto fraco, que talvez um dia já tenha sido seu ponto forte. Que seja. Usam máscaras. Eu também uso. E não to ligando. Quero disfarçar mesmo, a lágrima que quer escorrer, o grito que quer soar e machucar vários ouvidos, só pra ver se alguém entende o que tá se passando dentro de mim. E essa confusão que se estende ainda mais. Por favor, um pouco de distancia agora seria ótimo, por favor, por favor. Já não quero que me digam o que fazer, quero apenas que me abracem e que me façam sentir segura. Que se eu deixar escorrer, que enxuguem as minhas lágrimas e não me julguem por eu ter deixado as coisas acontecerem e chegarem aonde chegarem. Vai passar, eu sei. É só dor do momento, é tudo recente. Para, para. Vai passar, mas eu não queria que fosse. Valeu a pena, sim. Mas machucou muito mais. Não sei se as vantagens foram maiores que as consequências. Eu já deveria estar preparada. Eu sabia. A dor é inevitável. Vai ser assim sempre. E você, eu, nós, temos que levar e lidar, com as máscaras que usamos. É só pra disfarçar.

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